TUDO SOBRE O MOTOGP: 2. Pneus
Qualquer veículo depende dos seus pneus para ser mais ou menos do agrado do seu condutor ou proprietário. Por muita potência que tenha o motor, por muito eficaz que seja o chassis, sem pneus em condições nunca será possível colocar a potência da moto no chão, por forma a que a moto seja utilizável pelo piloto. Sem potência não há velocidade…mas sem pneu muito menos, daí a importância destes.
Em 2020, a Michelin trouxe mesmo um novo composto para as pistas, encerrando dois anos sem novidades. Junto ao composto também uma nova construção do pneu procurou maior estabilidade e performance, especialmente nas pistas tradicionalmente mais exigentes para as borrachas.
Fornecidos pela Michelin desde 2015 em cada fim-de-semana os pilotos têm ao seu dispor 22 pneus slick (10 dianteiros e 12 traseiros); 11 pneus de chuva com cinco unidades para a roda dianteira e seis para a traseira. Nestes lotes de pneus são escolhidos os compostos (mole, médio e duro) de acordo com as necessidades do piloto e equipa, sendo essa escolha transmitida à direcção de corrida.
Em voga estão actualmente os pneus simétricos e assimétricos, impossíveis de distinguir pois são exactamente iguais no seu exterior. Os simétricos são naturalmente aqueles que têm exactamente o mesmo composto em toda a sua superfícies, sendo os assimétricos aqueles que apresentam compostos distintos na sua construção, sendo o mais comum terem uma das suas faixas – direita ou esquerda – com um composto distinto de acordo com um maior número de curvas para um dos lados.
Perfeitamente visível é a indicação do composto que está a ser utilizado, sendo que quando vemos um pneu sem qualquer marcação, totalmente negro, é o composto médio, amarelo é o pneu mais duro e o branco refere-se ao composto mais mole. Duas listas nas laterais do pneu ajudam a saber de imediato qual o composto.
As jantes que as motos de MotoGP utilizam são todas elas de 17 polegadas de diâmetro, com a dianteira a ter uma largura de 4 polegadas e a traseira 6.25 polegadas. Quanto à pressão no interior dos pneus, os valores rondam os 2 bar para as rodas dianteiras e 1.8 para as traseiras, sendo que as borrachas atingem temperaturas de 100 graus para a roda dianteira e 120 para a roda traseira.
Em 2021, e de acordo com a informação já adiantada pela Michelin, não irão ser apresentadas novidades quanto aos compostos dos pneus.
FOTOS: Michelin