A realização do GP da Indonésia em 2022 marca o regresso do anteriormente conhecido como ‘Continental Circus’ a solo deste populoso país asiático – o quarto mais populoso do planeta com os seus 270 milhões de habitantes – conhecido igualmente pelas suas 17.000 ilhas.

A primeira vez que o mundial esteve na Indonésia foi ainda na era das 500cc e no então moderno e recente circuito de Sentul, inaugurado em Agosto de 1993 pelas mãos do presidente Suharto após três anos de construção. Com 3965 metros de extensão e 11 curvas o mesmo foi um projecto saído da mente de Hutomo Mandala Putra, filho de Suharto e grande amante dos desportos motorizados.

Para a história ficou então a vitória de Mick Doohan nas 500cc, sendo que no ano seguinte a primeira posição foi para Tadayuki Okada, piloto japonês que aos comandos da sua Honda NSR 500 conseguiu igualmente o recorde do circuito com 1m26.141s. A história da ligação da Indonésia – curiosamente o país do mundo onde mais de escreve nos motores de busca a palavra MotoGP – ficou por aí por força da crise económica na Ásia que ditou também o fim do programa e investimento no desporto motorizado por parte do governo local e agora, 25 anos depois, o campeonato regressa ao país mas com o novo Mandalika International Street Circuit a ser o cenário de uma prova que se prevê ser uma grande festa com a presença de milhares de espectadores desejosos de estar lado a lado com as estrelas do motociclismo actual.

O novo circuito começou a ser construído em 2015 e foi inaugurado no passado dia 12 de Novembro pelas mãos do presidente da Indonésia, Joko Widodo, depois de em 23 de Fevereiro de 2019 ter sido anunciada a realização de um GP em 2022 depois de no passado mês de Novembro o mundial de Superbike aí ter cumprido a sua derradeira paragem do ano lado a lado com o fecho da Asia Talent Cup. Agora, e depois dos testes, são os pilotos de MotoGP que têm regresso agendado para agora, desta feita na companhia do pelotão dos mundial Moto 2 e Moto 3, 25 anos depois de Sentul.