O “caderno Miguel Oliveira” de Gisela Henriques
A cada grande prémio, Gisela Henriques, de 39 anos, oriunda de Leiria, guarda religiosamente os resultados alcançados por Miguel Oliveira, um ritual que começou em 2020 e que, ano após ano, torna-se cada vez mais específico.
«Acompanho o motociclismo há algum tempo, talvez há mais de 25 anos, embora com algumas pausas pelo meio», começa por dizer Gisela Henriques, mais conhecida por Gi pelos amigos. Uma paixão que foi construída através de alguns dos grandes nomes da modalidade, como Kevin Schwantz, Michael Doohan, Valentino Rossi, Jorge Lourenço… E agora Miguel Oliveira.
«Descobri o Miguel ainda durante o Moto3, sendo o único português no grid, mas, sou sincera, acompanhava as suas corridas por alto. Comecei a acompanhá-lo com mais assiduidade quando ele entrou para a Tech3, em 2019.»
E, no ano seguinte, começou o seu ritual, de anotar os tempos, qualificações e resultados do piloto português, «muito devido à pandemia, mas também porque a memória precisava de auxílio (risos)». No entanto, foi em 2021 que surgiu a ideia em definitivo da criação do atual caderno, «para ter sempre à mão os resultados do Miguel durante a sua estadia numa equipa de fábrica».
No primeiro ano, Gi considera que o seu caderno era só «um bebé», já que apenas guardava as classificações do Falcão nas corridas, apesar de também acompanhar os treinos livres e as qualificações. Tudo mudou este ano…
«Por ter alguns dados do ano passado, decidi ir um pouco mais a fundo, já que assim poderia fazer comparações e entender a evolução do Miguel de um ano para o outro, quer em tempos de qualificação como nas corridas. Para 2023 vou manter as minhas anotações, ainda mais por ter o desejo de criar um podcast da minha autoria. Aliás, todos estes dados recolhidos são para a minha consulta, que eventualmente serão utilizados no meu podcast. Evidentemente, se conseguir fazer dele uma realidade.»
Gi não conhece pessoalmente o Falcão, «infelizmente», mas já viu as suas corridas no Estoril e em Portimão. Gisela Henriques confessa que Miguel Oliveira é sem dúvida o seu piloto «número um do grid», mas admite que também acompanha outros pilotos do Mundial MotoGP, o que faz com que seja mais do que natural ter como um dos seus sonhos «fazer um campeonato completo, ir a todas as corridas, algo praticamente impossível de concretizar. Mas sonhar não custa (risos)».
Por isso, Gisela Henriques já ficaria mais do que satisfeita em «visitar o paddock e acompanhar mais de perto uma corrida», por exemplo. Evidentemente, sempre com o seu caderno, onde apontaria todos os dados alcançados por Miguel Oliveira na prova.
Até este momento não chegar, a fã de Falcão pretende continuar no próximo ano o seu trabalho de recolha de resultados, ainda mais sendo um novo período da vida desportiva de Miguel Oliveira, algo sempre frutífero e aliciante em termos de cruzamento de dados. Principalmente para ser debatido no eventual “Podcast da Gi”…